Chronicles

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Na praia do ouvidor - SC

domingo, 16 de outubro de 2016

Castro - PR - Castrolanda

#Mototurismo

Apesar de conhecer algumas áreas de colonização holandesa no Paraná, Castrolanda foi uma novidade para mim, mesmo já tendo passado algumas vezes por Castro-PR onde ela se localiza. A primeira vez que ouvi falar dela foi durante a preparação para um passeio junto a meu grupo de motociclistas em Curitiba. O passeio foi realizado em 9 de abril de 2016.
Saindo de Curitiba-PR pela BR-277 em direção a Ponta Grossa-PR, de lá seguindo para Castro-PR e saindo da estrada principal para a que dá acesso a cooperativa, num total de 163 km.




Castrolanda é uma cooperativa sediada em Castro-PR como já havia citado. Originalmente voltada para a pecuária leiteira mas hoje também produz soja, milho e feijão.





A colônia foi fundada em 30 de novembro de 1951 com a chegada de 5 famílias de imigrantes, como reflexo do crescimento da Cooperativa Batavo de Carambeí-PR'Seguiu-se a vinda de mais famílias até 1954 perfazendo um total de 55, atraídas para o Brasil pelas facilidades de terra e a possibilidade de trazer seus animais e implementos que Estados Unidos e Canadá não ofereceram na época.
Em 1991 foi criado um grupo folclórico para manter as tradições holandesas e em 1991 o Museu do Imigrante.
Em 2001 foi construído o Memorial da imigração sendo que no dia 30 de novembro (o cinquentenário da colônia) foi inaugurado o moinho que abriga boa parte da atrações.


Chamado de "De Immigrant"(o imigrante) é um dos maiores moinhos do mundo com um diâmetro de pás de  24 metros e uma altura total de 36 metros.










Além do moinho em si existe uma biblioteca, loja de souvenirs e a réplica de um "Kroeg", um bar típico holandês, chamado "De Molen" onde almoçamos.












Dentro do moinho acontecem as apresentações relacionadas a cultura holandesa e a história da imigração. São apresentações para grupos de pessoas com horários pré-estipulados.

Após o almoço retornamos a Curitiba pela mesma estrada sob chuva torrencial até Ponta Grossa - PR.


Dicas para este roteiro:
Convém verificar os horários das visitações ao moinho e suas atrações, visto que são formados grupos para a entrada. Existe a possibilidade de reserva.
Muitas excursões usam o restaurante/Kroeg De Molen. As vezes o salão fica bem cheio.
A cooperativa conta com posto de gasolina em seu interior em caso de necessidade de reabastecimento.

Informações para contato:


Obs: Parte das fotos leva a marca d'água de meu grupo tendo em vista eu ser um dos fotógrafos oficiais. Outras apenas a minha pessoal por não serem fotos enviadas ao site do HOG.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Morretes - PR

#Mototurismo
#Turismo urbano

A curta distância de Curitiba-PR faz com que esta cidade seja um destino freqüente para passeios de carro ou de moto, muitas vezes no estilo bate e volta, embora sua estrutura convide a ficar mais tempo aproveitando a cidade, permanecendo em uma de suas pousadas.
Esta postagem ao contrário de minhas outras abrange várias idas devido a distância e a quantidade de vezes que já tinha ido quando a escrevi. Todas até agora feitas de motocicleta, incluindo minha primeira experiência de estrada com uma Harley-Davidson.
Morretes foi elevada a categoria de município em 1 de março de 1841, com território desmembrado de Antonina- PR. A cidade é cortada pelo rio Nhundiaquara e possui em seus arredores uma elevação de boa altitude, o pico do Marumbi, algumas cachoeiras em suas redondezas completam as belezas naturais do município.
O acesso a Morretes pode ser feito pela BR-277 passando pela serra do mar. Estrada muito boa mas com grande movimento de caminhões devido ao porto de Paranaguá.




Pode-se optar também pela Estrada da Graciosa tida como uma das mais bonitas do Brasil.No entanto a Graciosa é uma estrada estreita com alguns trechos de paralelepípedos e muitas curvas. Deve-se ter bastante cuidado ao se trafegar por ela mas as paisagens são espetaculares como se vê nas fotos a seguir. Uma parada em seu trajeto possui estrutura com bar e banheiros além de uma bela vista de Paranaguá. O trajeto é um pouco maior que pela BR-277 (72,3 km) mas definitivamente mais bonito.








A cidade possui vários restaurantes, alguns na beira do rio. O casario antigo é bastante bonito e várias lojas de artesanato aumentam os atrativos da cidade.











Já houve um festival de jazz com a montagem de vários palcos pelas ruas, mas não possuo informações se ele se repetirá.




Um dos pontos fortes de Morretes é a sua culinária e o prato tradicional da região o "barreado". Normalmente os restaurantes da cidade oferecem uma seqüência que inclui o barreado e frutos do mar.
Dos restaurantes que conheço cito dois em especial: O Madalozo e o Villa Morretes.
Em minha opinião o Madalozo oferece mais opções de frutos do mar e o Villa Morretes um ambiente mais bonito e aconchegante, com vários níveis de salão e varanda além dos jardins bem tratados, fato este que o torna meu restaurante preferido para fotografar.





Embora não tenha ficado em nenhuma pousada ainda fica a dica de uma que é bem famosa a Hakuna Matata.
A proximidade a Antonina também é interessante podendo ser feito um passeio que inclua as duas cidades, mas isso é assunto para outra postagem.

Dicas para este roteiro:
A cidade se presta a passeios em família ou casal (turismo urbano), já as atrações em volta são para treking ou hiking e precisam de um pouco mais de preparo e equipamento.
O uso da Graciosa requer um pouco de cuidado, Uma dica principalmente se for de moto é ir em tempo seco pelo menos 24 horas sem chuva pois a pista é bem escorregadia.

Informações para contato:
Restaurante Madalozo - R. Alm Frederico de Oliveira 16 - Vila Santo Antonio - Morretes - PR CEP 83350-000
Restaurante Villa Morretes - R. Alm Frederico de Oliveira 155 - Centro - Morretes - PR CEP 83350-000
Pousada Hakuna Matata - Reta do porto, km 4,9. Morretes - PR. CEP 83350-000 Tel. (41) 3462-2388


quarta-feira, 13 de julho de 2016

O rastro da serpente (SP-250/BR476) - PR/SP

#Mototurismo

O apelido Rastro da serpente foi dado a esta estrada que liga Curitiba-PR a Capão Bonito-SP por Edgar Treis Azevedo. É uma estrada icônica para motociclistas pois possui 1200 curvas ao longo de seus 265 km, segundo dizem.



Embora já a tivesse feito de carro sem saber sua história em 2008 e novamente passado por perto quando de minha viagem ao PETAR, devido ao apelo da viagem de motocicleta quis percorrê-la de novo.
Quando iniciei o planejamento da viagem chamei dois amigos para fazê-la comigo (é uma vantagem estar acompanhado, pois a mata toca a estrada em muitos pontos e não há muitos recursos em caso de pane ou acidente). Um destes amigos fazia parte de um moto-grupo que estava em formação e estes acharam boa a idéia e começaram a fazer a organização, inclusive fazendo a reserva em um dos hotéis que pesquisei, o Hotel Regina em Capão Bonito- SP.
Sairíamos de Curtiba em direção a Colombo e tomando a estrada do Ribeira em direção a Adrianópolis.
A viagem aconteceu do dia 31 de outubro de 2015  a 01 de novembro. Atrasamos bastante a saída e já pegamos chuva leve que se tornou mais pesada ainda em Colombo, sendo necessária a parada na estrada para colocar as capas de chuva.
Começamos a pegar as primeiras séries de curvas, seguindo até Adrianópolis-PR onde fizemos um reabastecimento e nova organização do grupo o qual havia se espalhado na estrada, o que causou uma boa perda de tempo no posto.


Reunido o grupo optamos por seguir para Apiaí-SP onde almoçaríamos. A partir daí a estrada apresenta um número impressionante de curvas. Sempre sob chuva, passamos por dois pontos de queda de barreiras. Notamos também um movimento razoavelmente grande de caminhões na estrada, o que faz com que se tenha de ser cuidadoso nas tomadas de curvas, é comum estes caminhões ao tangenciarem as curvas invadirem a pista contrária. Não existe acostamento e nem grandes áreas de escape o que impediu a parada para fazer fotografias.
Chegamos a Apiaí-SP. A cidade tem um histórico de garimpo. É também a extremidade oeste do PETAR com o núcleo caboclos de cavernas.
Logo procuramos algum lugar para almoçar. Ficamos em um restaurante na beira da estrada, ao invés de entrar na cidade propriamente dita. Nova espera para reagrupar as motos.
O restaurante era bastante simples mas a comida excelente e a simpatia e atenção do dono e dos funcionários um grande diferencial. Um banner do Rastro da Serpente na porta mostrava que o foco era também grupos de motociclistas fazendo o Rastro.

Ao final do almoço parte do grupo quis ir até o centro da cidade pois havia um encontro de motociclistas em Apiaí. Como meu objetivo era fazer o rastro e fotografar optei por seguir em frente até a praça com o marco do rastro da serpente com outro amigo.
Seguindo-se pela estrada chega-se a praça com o totem símbolo do Rastro da Serpente. Além deste nota-se na praça algumas referências ao passado de garimpo da cidade sob a forma de estátuas.





Em frente a praça existe um pequeno centro comercial onde se pode comprar pins e patches do rastro da serpente.
Seguimos daí em direção a Guapiara, com chuva mais pesada. O número de curvas diminui a partir de Apiaí, porém a condição do asfalto piorou bastante.
Fizemos uma parada rápida em Guapiara para nos orientar e seguimos finalmente para Capão Bonito, ponto final da viagem. 


Chegando em Capão Bonito-SP procuramos logo o hotel Regina para tomar os quartos. O hotel tem como foco o mototurismo como notamos na sua garagem, cheia de motos e com um imenso varal para as roupas de chuva, já sendo usado por outros grupos hospedados.

O Hotel Regina é bem localizado, no centro da cidade. É simples mas atendeu bem a nossas necessidades.
Ao chegar no quarto descobri que minhas roupas estavam molhadas. Os alforjes que estava usando não eram tão impermeáveis quanto pensei e boa parte delas não estava em sacos estanque. 
Ao fim da noite fomos todos ao Porthal do rastro da serpente. Um bar temático que é parada praticamente obrigatória para quem faz o rastro. Ao chegarmos encontramos o bar fechado e por indicação  do taxista que nos levou seguimos para a Pizzaria Paulista.


Na manhã seguinte após o café da manhã no hotel decidimos que voltaríamos por um percurso diferente evitando as curvas do rastro devido a chuva que continuava a cair. Pegaríamos a estrada após nova tentativa de ir ao Porthal do rastro da serpente. Desta vez ele estava aberto e pudemos fazer fotos e comprar os souvenirs da estrada.






Saindo do bar tomamos a estrada de volta fazendo o trajeto para Taquarivaí, Itapeva e Itararé em SP, Passando para o PR, Sengés, Jaguariaíva, Piraí do Sul, Castro, Ponta Grossa e chegando a Curitiba. Apesar de mais longa (414 km).



 A estrada é muito boa, duplicada e com bons postos com estrutura para alimentação. Vale a pena pois a velocidade mesmo com chuva e o movimento de veículos, é bem maior que no rastro, principalmente na parte pertencente a SP.

Dicas para este roteiro:
Prefira ir em grupo, a falta de áreas de escape, distância entre as áreas habitadas e o trânsito pesado são fatores que podem deixar um motociclista solitário em situação difícil.
Lembre-se de que a velocidade deve ser mais baixa, existem momentos em que só se faz curvas e ocasionalmente algum veículo em sentido contrário tangencia uma destas curvas passando para sua faixa. Evite fazer as curvas muito próximo a divisão das faixas.

Informações para contato:
Hotel Regina - Praça Rui Barbosa 306 Centro, Capão Bonito - SP. Tel: (15) 3542-2144.

Porthal Rastro da Serpente -  Capitão Calixto de Almeida com avenida João Antunes Rodrigues 55 Nova Capão Bonito. Capão Bonito  - SP. Tel: (15) 99632-0890

domingo, 10 de abril de 2016

Serra Dona Francisca - SC

#Mototurismo

A primeira vez que ouvi falar deste lugar foi através do amigo Roberth Eickhoff que sugeriu que a fizessemos de motocicleta, o que nunca se concretizou.
Comecei a fazer o planejamento para esta possível viagem, no qual descobri que a região e a serra eram bastante bonitas. Porém esta era marcada por um grande acidente com vítimas fatais o que gerava grande quantidade de referências em minha pesquisa.
Informações colhidas com outros amigos sugeriam um movimento bastante intenso de caminhões e carros pela serra. Veio a opinião de que eu a conhecesse num sábado, onde o movimento era menor.
Além destes fatos, minha pesquisa mostrou um restaurante chamado Armazém Dona Francisca que ficava no alto da serra em um local chamado Campo Alegre. O restaurante era bem arrumado cercado de bonitas paisagens e especializado em pratos com cordeiro.
No dia 2 de abril de 2016, mesmo cansado depois de uma semana de trabalho puxada resolvi ir até a Serra dona francisca de moto.
O trajeto escolhido foi o mais longo, mas o que melhor conhecia.



saindo de Curitiba pela BR-376 em direção a Santa Catarina até chegar em Joinville. Passando o posto da polícia rodoviária pega-se a saída para Pirabeiraba/São Bento do Sul. Dobra-se a direita para São Bento do Sul ao invés de passar por baixo da BR-376. A partir daí é só seguir em frente pela SC-415.
Logo após esta curva entramos na localidade de Dona Francisca, um lugar bem interessante com um bom número de bares/restaurantes, artesanatos e hortos. Bastante arborizada o cheiro de mato era sentido dentro do meu capacete.
Pouco a frente se chega a serra cujo nome real é "Serra Princesa Dona Francisca". 7 quilômetros de cotovelos (hair-pins) em subida forte. Um movimento pesado de caminhões, algumas vezes bi-trens, nada adequados a estrada em pista simples e sem acostamento.



Mais para cima existe um mirante, a vista é bonita mas pouco se tem noção da estrada como um todo.












Saindo do mirante continua-se subindo até a localidade de Campo Alegre com seus vários hotéis fazenda, restaurantes e lojas de produtos coloniais. A entrada para o Armazém Dona Francisca está bem sinalizada, sendo necessário cruzar a estrada para uma vicinal de saibro, o restaurante fica a 500 metros da entrada desta. Há que se ter cuidado no caminho se estiver com uma moto custom.
O restaurante é muito bonito e arrumado, em um terreno com lagos e muitas araucárias. Um bom lugar para passear além de comer.






Já tinha comentado que a especialidade do Armazém Dona Francisca é cordeiro. Acabei por comer um hamburguer de cordeiro pois queria algo rápido e pequeno. Os pratos que vi em outras mesas pareciam excelentes.
Saindo do restaurante fiz mais algumas fotos e retornei logo a Curitiba com receio do tempo (havia a possibilidade de chuva).

Optei por descer a serra de novo ao invés de prosseguir até São Bento do Sul, pois não tinha informações sobre a estrada. Novamente muitos caminhões nada adequados a estrada, me fazendo descer em primeira marcha e sem possibilidade de ultrapassagem.
Nesta descida lenta acabei por ver uma pequena cachoeira na estrada, algumas pessoa estavam se dirigindo a ela para um banho.
Chegando a Dona Francisca foi só pegar a BR-101 e retornar a Curitiba.


Dicas para este roteiro:
Cuidado redobrado na estrada. Ir no fim de semana parece ser uma boa opção. Pelas informações que obtive o Armazém Dona Francisca só está aberto aos fins de semana também.


Informações para contato:
Armazém Dona Francisca - R. Dona Francisca, Campo Alegre - SC CEP 89294000 tel: (47) 3632-2348