Chronicles

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Na praia do ouvidor - SC

terça-feira, 14 de julho de 2015

Corupá - SC

Há aproximadamente 6 meses atrás um colega de trabalho me falou pela primeira vez de Corupá. Sabendo que eu gostava de fotografia e trilhas ele me deu alguns folders sobre a cidade e hotéis, o principal atrativo da cidade era uma série de cachoeiras, segundo ouvi dizer são mais de 80.
No dia 3 de abril de 2015 fui para Corupá. Fiz a reserva prévia na Pousada Vila ecológica.
O roteiro da viagem foi o mais longo, o escolhi baseado na melhor estrada e maior número de postos de gasolina. Saindo de Curitiba em direção a Joinville em seguida pegando a estrada para Guaramirim e Jaraguá do sul. Corupá fica a poucos km a frente. Estrada ótima sem problemas.


Corupá é uma cidade pequena, colônia Bávara, fundada com o nome de Hansa-Humboldt e que como tantas outras cidades brasileiras de origem alemã, mudou de nome em 1944 para Corupá. Sua história está ligada a um bávaro de nome Andreas Linzmeyer, que pelo que entendi foi o responsável por sua fundação.


Cidade bem organizada e limpa com uma população bastante simpática. Me passou a impressão de ser uma cidade onde muitas pessoas tem casas para passar o fim de semana.
A cidade é cortada por uma ferrovia.


Quando procurei algum lugar para almoçar, vi um pub ao lado de um posto de gasolina e resolvi que iria lá de noite para ver como era. Tive alguma dificuldade para achar alguns lugar para almoçar, por tradição não como carne na sexta-feira santa. Acabei parando em uma padaria onde fiz um lanche.
Após este almoço fui para a pousada descansar e pegar orientações sobre a trilha das cachoeiras.
A pousada era muito simples, e deixou a desejar em alguns itens mas o ponto positivo foi novamente a simpatia dos funcionários. Um destes itens negativos foi o fato dela estar fechada na hora que cheguei, sendo necessário esperar os funcionários chegarem para me receber e me foi entregue uma chave para que eu pudesse entrar a noite.

A noite sai a pé pela cidade até o pub que tinha visto. Durante a caminhada é que notei a igreja da cidade que valeria a pena ser fotografada. Continuando a caminhada passei pela praça da cidade e comecei a notar o barulho do rio Humboldt paralelo ao caminho que seguia.
Cheguei ao posto de gasolina e entrei no pub, chamava-se Cheers. O ambiente era extremamente aconchegante e muito bem montado.



Pedi de saída uma cerveja Guiness e perguntei ao garçom, que também foi bem atencioso, se haveria algum peixe no cardápio. Para meu espanto ele sugeriu uma sequência de frutos do mar especial para o dia, e quando me mostrou do que se compunha fiquei com dúvidas se iria conseguir comer tudo...
Depois de pastéis de camarão, ostras gratinadas, anéis de lula, peixe empanado, camarão à milanesa, espetinho de camarão à grega e bobó de camarão, abri mão da paella e da massa com frutos do mar. Voltei a pousada me arrastando.
No dia seguinte tomei café na pousada e segui para a rota das cachoeiras. 15 km de estrada de terra para chegar ao parque. Nesta estrada parei no comércio para pegar água e descobri que não são vendidos os ingressos na entrada do parque, sendo necessário adquirí-los antes no comércio local ( o valor no momento de minha viagem era de R$ 10,00). O horário de funcionamento do parque é de 7:30 as 17 h.
Chegando ao parque recebi um pequeno mapa na guarita com o nome e a disposição das 14 cachoeiras (!!!) que o Rio Novo forma na propriedade. Muito organizado e com facilidades como bar, banheiros e um centro de visitantes o parque é mantido por uma empresa privada (Mombasa reflorestamentos S.A.).
Moto deixada no estacionamento, equipei para a caminhada.
Bom, vou me permitir divagar um pouco sobre o início. Não costumo colocar fones de ouvido em trilha para manter todos os sentidos focados na caminhada, mas no caminho do centro de visitantes até a primeira cachoeira me permiti desta vez ouvir a música Life da trilha sonora do filme Prometheus. Uma memória da primeira caminhada que fiz neste modelo em Nova Esperança do Sul - RS. Para mim esta música tem tudo a ver com paisagens e cachoeiras.
Após a chegada a primeira cachoeira, a cachoeira do suspiro, encerrada a música, fotografada e iniciada a caminhada relativamente pesada (dificuldade pequena/média) montanha acima.


cachoeira do suspiro

Cachoeira da banheira



Cachoeira dos três patamares


Cachoeira do repouso



Cachoeira do remanso grande

Cachoeira do remanso grande - outra vista


Cachoeira da confluência I


Cachoeira da confluência II



Cachoeira da pousada do café



A partir daí a trilha vai serpenteando pelas encostas, passando por pontes pênseis, escadas, tablados e picadas que vão de 265 m de altitude medidos pelo altímetro do meu Suunto, na primeira cachoeira até 615 m na última, a trilha tem 2900 m de comprimento. Existe uma indicação no meio da trilha informando que a partir daquele ponto não se deve passar a partir das 16 h. o que é compreensivo uma vez que apesar da dificuldade média, no escuro seria perigoso segui-la.




Cachoeira das corredeiras

Cachoeira das corredeiras

Cachoeira do tombo
Cachoeira do palmito


Cachoeira da surpresa



A mata em si já é algo espetacular., já que encontra-se preservada.




A cachoeira final, chamada de Salto Grande é a maior da série com seus 120 metros de queda, o que vale chegar ao fim da trilha.

Salto grande


A partir daí o retorno pela mesma trilha a té o centro de visitantes. Devido ao avançado da hora, ao cansaço e as poucas opções de local para alimentação acabei por não fotografar o seminário e a igreja, fica para uma próxima vez. Retornei ao hotel para descansar.


A noite voltei ao Cheers para tomar uma cerveja e fazer anotações a respeito da viagem. Nesta noite conheci o Rafael e a Roberta, os donos do pub. Extremamente simpáticos, ele inclusive preocupado se eu não tinha gostado do cardápio da véspera uma vez que não comi tudo que estava previsto. Acabamos conversando um longo tempo. Retornei ao hotel e no dia seguinte fiz a viagem de retorno a Curitiba seguindo aproximadamente o mesmo caminho da ida..

Fica como uma homenagem a este simpático casal que tão bem me acolheu


Foi uma viagem que valeu muito a pena pelas paisagens e pelas noites no Cheers. O ponto fraco foi a hospedagem, a despeito da atenção dos funcionários, só recomendo a Pousada como forma de hospedagem de baixo custo.
Ficou a vontade de voltar para conhecer as outras cachoeiras fora da trilha e fotografar as outras paisagens da cidade.
O difícil aqui foi acertar o nome de cada uma das cachoeiras nas fotos...

Novamente obrigado ao amigo Mário Camilo de Souza pela dica do roteiro.

Dicas para este roteiro:
ATENÇÃO para comprar o ingresso ante de chegar ao Parque.
O calor,  umidade e a trilha íngreme aumentam a necessidade de consumo de líquidos. Lanche de trilha embora não necessário, facilita a permanência por mais tempo nela.
Bastão de caminhada é uma boa opção para se vencer os trechos mais íngremes e de pedras
Leve uma toalha de alta absorção (uso uma Tek Towel da Sea to Summit). Facilitará se manter seco bem como seu equipamento fotográfico, já que há uma tendência do spray das cachoeiras molharem as câmeras..

Informações de contato:
Cheers Irish pub - R. Miguel Lener 29, Corupá - SC, tel (47) 3375-3624
http://www.portaldascachoeiras.com/roteiro/26/Rota-Das-Cachoeiras-Em-Corupa-SC (para se ter idéia das cachoeiras)
Pousada Vila ecológica - Av. Getúlio Vargas 839, Corupá - SC. tel. (47) 3375-2676 / (47) 91992340



Um comentário:

  1. Obrigado pelo post.
    Fui até as cachoeiras através do seu blog.
    Uma pena que não conseguir conhecer o pub! abraço

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