Chronicles

Chronicles
Na praia do ouvidor - SC

sexta-feira, 17 de março de 2017

Lapa - PR

# Mototurismo

A Lapa é uma pequena cidade distante 68,4 km de Curitiba, que apesar de seu tamanho tem uma rica história e outras características pitorescas que valem a pena ser conhecidas.
Originou-se de um povoado de tropeiros em 1731, fazendo parte do caminho das tropas (caminho de Viamão). Há indícios de habitações dos índios Kaigang e Guaranis antes da chegada do homem branco.
Este entreposto ficaria famoso com o evento do " Cerco da Lapa" em 1894.
Adeptos do federalismo contrários a república, liderados por Gumercindo Saraiva marcham do Rio Grande do Sul em direção a capital, no Paraná tomam Tijucas e Paranaguá. O caminho para Curitiba passa forçosamente pela Lapa. Os federalistas são conhecidos com Maragatos e os republicanos como Pica-paus ou Ximangos.
O General Francisco de paula Argolo enviado de Floriano Peixoto, havia passado o comando da Lapa ao Cel. Antonio Ernesto Gomes Carneiro. Em 17 de janeiro de 1894 começam os combates. A guarnição resiste e é sitiada.
A capitulação só vai ocorrer em 11 de fevereiro, dois dias depois da morte de Gomes Carneiro.

Em 4 de fevereiro de 2017, depois de desistir várias vezes de ir devido ao tempo, finalmente peguei a estrada.
Escolhi o caminho que passa por Araucária seguindo pela BR-476, passando por Contenda-PR e Mariental-PR. Num total de 68,4 km.



A estrada é em pista simples em boas condições neste momento. O que chama a atenção são muitos trechos com velocidade máxima de 60 km/h, o que a torna mais perigosa devido ao fato de que tem um razoável movimento de caminhões e ninguém respeita este limite pífio. Não costumo criticar mas numa rodovia pedagiada isto chega as raias do absurdo.
Chegando a cidade já se encontra um dos pontos atrativos da cidade, o monumento ao tropeiro, um grande painel no trevo de entrada.
seguindo pela pela avenida principal, notamos as referências ao cerco por toda a cidade.



A avenida dá acesso ao 15o GAC AP, talvez o quartel mais bonito que conheço no Brasil, vale a pena a visitação.
Os principais pontos turísticos da cidade são o Pantheon dos Heróis, o Museu das Armas e a Gruta do Monge (em homenagem ao Monge João Mara D´Agostini).
O objetivo desta minha ida a Lapa era apenas conhecer o Patheon e o Museu das armas além de almoçar. Planejei ver o restante com mais calme em uma viagem posterior.
Logo após ma passada rápida no quartel, fui para o restaurante Lipski, conforme haviam me indicado. Já era a hora do almoço e queria conhecer a culinária Lapeana, tão falada.
O restaurante é simples, todos são bastante simpáticos e a comida saborosa, lembra bastante a comida típica mineira (provavelmente pela origem tropeira da cidade). A quantidade servida é absurdamente grande. Não consegui terminar tudo que foi colocado na mesa, tentei experimentar todos os pratos.
Saindo do restaurante me dirigi ao Panteon. Segundo minha pesquisa ele é o único o Brasil que preenche os requisitos para ter este nome. O prédio é bonito e bem tratado.





De lá fui ao museu das armas, passando pelas ruas da Lapa com sua arquitetura preservada o que vale um passeio a pé.




O museu das armas é interessante também com um acervo de armas do cerco da Lapa até a segunda guerra mundial. Exitem também uniformes e trajes da época em exposição. A entrada foi a um custo de 3 reais e dava direito a outros museus da cidade, porém, optei por retornar para Curitiba pois estava bastante quente e ameaçando chuva.
Em uma próxima visita, aí ficando de noite na cidade para ver melhor suas ruas conhecerei os demais museus.



Passei por uma cena pitoresca na saída da cidade. Como que para marcar a sua origem tropeira um pequeno rebanho de bois fechou a avenida de acesso a cidade interrompendo o trânsito por alguns minutos.
Peguei a mesma estrada de volta com os mesmos problemas.
Recomendo o passeio pela parte histórica e pela culinária.

Onde comer:
Restaurante Lipski
Av. Manoel Pedro 1855

Restaurante Casarão
Al. David Carneiro 307


sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Ponta Grossa - PR - Acampamento de motociclistas na chácara Old Skull



Nos dias 5 e 6 de novembro de 2016 tive a oportunidade de realizar uma aventura que desejava já fazia muito tempo: Um acampamento com outros motociclistas.
Organizado por Célio Dobrucki da America Motorcycles em Curitiba, foi realizado na Chácara Old Skull em Ponta Grossa, uma propriedade particular. O evento teve o nome de 2o. Camping Soul Machine.
Para mim acostumado as viagens de motocicleta com carga para acantonamento no máximo, o desafio era colocar a tudo que levo, o material de camping e demais itens para, digamos, autonomia para 2 dias.



Uma vantagem é que boa parte de meu material data da época em que escalava, portanto bastante compacto e leve. Já há algum tempo vinha organizando planilhas com kits para várias situações, o que facilitou a organização do que deveria levar e apesar das brincadeiras de alguns amigos tudo foi embalado e fixado na moto.





A saída foi da loja America Motorcycles seguindo a BR-277 até Ponta Grossa e pegando a estrada para o aeroporto da cidade mais a frente tomamos uma estrada d terra de uns 6 km até a chácara.Estrada com várias partes de areia onde algumas motos tiveram dificuldade em passar.


Ao chegarmos nos distribuímos em um gramado para montar as barracas, já com um costelão sendo assado em fogo de chão. Logo em seguida chegou a banda que passaria a tarde tocando.








Acima do gramado em um plateau havia alguns chalés, dois dos quais estavam disponíveis para o pessoal acampado. Uma estrutura de cozinha, salão de refeições e banheiros completaram as edificações disponíveis.




Tudo transcorreu da melhor forma possível com o churrasco, a música e muita conversa.











As paisagens rurais me renderam boas fotos e ainda fui brindado por um lindo por do sol para fotografar (um bônus para quem acampa, sempre).





A noite foi acesa uma fogueira em torno da qual alguns participantes ficaram conversando.
Fui para a barraca cedo para descansar e pensar sobre a "aventura". A solidão da barraca me fez bem para organizar os pensamentos e planejar futuros acampamentos.





Na manhã seguinte após o café retornei para Curitiba sozinho, pois alguns participantes já tinham ido embora e outros resolveram fazer novo churrasco, passando sem problemas pela estrada.

O objetivo fundamental foi atingido, todas as coisas que levei cumpriram seu papel e pouco senti falta de algo que não tivesse levado para o evento. Que venham outros.

Obrigado ao amigo Célio Dobrucki pela iniciativa.