A viagem ao Salto do Yucumã era um sonho antigo, para a qual eu já tinha feito pelo menos 3 planejamentos.Acabei fazendo a viagem em 19 de abril de 2013.
Localizado no rio Uruguai ao noroeste do RS, bem próximo a divisa com SC, na fronteira entre Brasil e Argentina o Salto do Yucumã é considerado o maior salto longitudinal do mundo.
O planejamento neste caso era fundamental. Devido a distância não seria uma incursão (bate e volta), seria necessário permanecer na região outro fator a ser levado em consideração é a época a se visitar o Salto. Para se apreciar totalmente sua magnitude é necessário o rio estar baixo. Nas informações que levantei indicavam a melhor época para se conhecer o Salto, na seca, entre novembro e março mas não se explicava o por que.
Sobre o planejamento, o Salto fica próximo a duas cidades Tenente Portela - RS e Derrubadas - RS. Das duas Tenente Portela aparentemente oferecia melhor estrutura. Em Derrubadas só existia um Camping e em Tenente Portela um hotel chamado Aracê.
Na época consegui pouca informação sobre o Parque Estadual do Turvo onde se localiza o Salto. Então não sabia quais as distâncias a serem percorridas e quanto tempo levaria.
Estes fatos me levaram a pedir a nutricionista do Hospital de Guarnição de Santa Maria, o qual eu dirigia na época, Dra. Tiffany Hautrive a desenvolver um cardápio para uma trilha longa inspirado na preparação descrita no livro Cem dias entre céu e mar de Amyr Klink. Ela preparou conforme refeição e com o número de calorias baseado no que encontraria no comércio local. Quando embalei e etiquetei cada refeição fiquei surpreso com o pequeno volume de cada uma.
Em seguida o roteiro da viagem. Tomaria a estrada de Santa Maria em direção a Cruz Alta, Panambi e Palmeira das Missões, pela BR-158. De Palmeira das Missões pegando à esquerda na RS-330 em direção a Dois irmãos da Missões, Miraguai e finalmente Tenente Portela, num total de 315 km.
Sobre o planejamento, o Salto fica próximo a duas cidades Tenente Portela - RS e Derrubadas - RS. Das duas Tenente Portela aparentemente oferecia melhor estrutura. Em Derrubadas só existia um Camping e em Tenente Portela um hotel chamado Aracê.
Na época consegui pouca informação sobre o Parque Estadual do Turvo onde se localiza o Salto. Então não sabia quais as distâncias a serem percorridas e quanto tempo levaria.
Estes fatos me levaram a pedir a nutricionista do Hospital de Guarnição de Santa Maria, o qual eu dirigia na época, Dra. Tiffany Hautrive a desenvolver um cardápio para uma trilha longa inspirado na preparação descrita no livro Cem dias entre céu e mar de Amyr Klink. Ela preparou conforme refeição e com o número de calorias baseado no que encontraria no comércio local. Quando embalei e etiquetei cada refeição fiquei surpreso com o pequeno volume de cada uma.
Em seguida o roteiro da viagem. Tomaria a estrada de Santa Maria em direção a Cruz Alta, Panambi e Palmeira das Missões, pela BR-158. De Palmeira das Missões pegando à esquerda na RS-330 em direção a Dois irmãos da Missões, Miraguai e finalmente Tenente Portela, num total de 315 km.
Entre Palmeira da Missões e Miraguai existe um trecho de aproximadamente 20 km de terra passando por Dois Irmãos das Missões, único ponto para reabastecimento entre Palmeira e Miraguai. Apesar de ser de terra a estrada é boa e tem paisagens fantásticas, como pontes e campos de girassóis. Depois de voltar ao asfalto, esta estrada passa pelo meio de uma aldeia indígena.
Chegando a Tenente Portela fui logo para o Hotel deixar minha bagagem. O hotel é simples, ornamentado com motivos indígenas, mas bem confortável e principalmente com funcionários bastante simpáticos. Jantei na cidade e dormi cedo para ir para o salto cedo.
Após o café fiz o meu check-out e peguei a estrada para Derrubadas e o Parque Estadual do Turvo. Estrada bonita com muita neblina devido a evaporação sobre o rio Uruguai.
Derrubadas me impressionou muito bem, pelo menos por onde passei, muito limpa e bem cuidada, questionei se deveria ter ficado mesmo em Tenente Portela.
O Parque extremamente bem tratado, com funcionários muito simpáticos (terceirizados) dando orientações precisas.
Da entrada segue-se por uma estrada de terra até uma clareira que apresenta as facilidades do parque, banheiros e uma área com mesas, não há uma cantina ou venda de água e alimentos.
Na estrada vi as primeiras aves de rapina que são bem comuns no parque (não havia referência a isso mas o Yucumã é um ponto excelente para fotografia de aves de rapina, com algumas espécies raras).
Fiquei quase até o fechamento do parque, decidido a voltar ao hotel e retornar a Santa Maria no domingo.
Fui imediatamente bem recebido de volta no Aracê e a noite fui novamente a cidade jantar.
No dia seguinte peguei a estrada para Santa Maria, existe uma dificuldade de reabastecimento no domingo de manhã em Tenente Portela. Muitos postos fechados, consegui encher o tanque de meu carro num posto em uma estrada próxima. Daí o caminho inverso para casa.
Algumas dicas para este roteiro:
Embora esta viagem tenha deixado a desejar do ponto de vista turístico. Foi de extrema importância sobre as lições aprendidas.
Por mais que tenha lido sobre o Salto, em nenhum lugar foi mencionado a ação das hidro-elétricas acima deste. Portanto a pesquisa de experiências anteriores é fundamental.
Mudei alguns conceitos sobre como me preparar para uma situação destas. Estava certo em levar alimentação e água mas muita coisa mudou em meu equipamento a partir daí.
Água e alimentação são fundamentais já que existe dificuldade em se obter no parque.
Filtro solar nem precisava falar.
A tarde é o melhor horário para se ver o Salto, evitando a sangria da hidro-elétricas. Procurem ir na época da seca!
O camping de Derrubadas parece ter uma boa estrutura, inclusive com chalés, embora o Aracê tenha sido muito bom como ponto de apoio, com restaurantes próximos.
Atenção para a questão combustível.
Informações de contato:
Hotel Aracê - Tenente Portela - RS
Balneário Parque das Fontes - Derrubadas - RS
Chegando a Tenente Portela fui logo para o Hotel deixar minha bagagem. O hotel é simples, ornamentado com motivos indígenas, mas bem confortável e principalmente com funcionários bastante simpáticos. Jantei na cidade e dormi cedo para ir para o salto cedo.
Após o café fiz o meu check-out e peguei a estrada para Derrubadas e o Parque Estadual do Turvo. Estrada bonita com muita neblina devido a evaporação sobre o rio Uruguai.
Derrubadas me impressionou muito bem, pelo menos por onde passei, muito limpa e bem cuidada, questionei se deveria ter ficado mesmo em Tenente Portela.
O Parque extremamente bem tratado, com funcionários muito simpáticos (terceirizados) dando orientações precisas.
Da entrada segue-se por uma estrada de terra até uma clareira que apresenta as facilidades do parque, banheiros e uma área com mesas, não há uma cantina ou venda de água e alimentos.
Na estrada vi as primeiras aves de rapina que são bem comuns no parque (não havia referência a isso mas o Yucumã é um ponto excelente para fotografia de aves de rapina, com algumas espécies raras).
Não reconheci a espécie. Achei a foto na neblina bem legal, mas deu trabalho para chegar perto dele |
Da clareira segue-se a pé por um trilha de aproximadamente 1 km até o rio. Aí houve a decepção. Existem duas hidroelétricas acima no rio em SC e a noite elas sagram um grande volume de água o que fora da época da seca leva a submersão do salto que deveria te 18 metros de queda e o Uruguai sai de sua calha inundando as margens.
O Uruguai cheio tomando as margens e o salto totalmente submerso |
Restou esperar que as águas baixassem durante o dia. Fiquei conversando com um guarda do Parque que me explicou as razões de isto acontecer e me indicou mais duas trilhas, sendo que uma quis me acompanhar pois havia encontrado vestígios da passagem de uma onça na semana anterior. Nesta trilha existe uma pequena cachoeira.
E mais uma queda acima desta
A outra trilha levava a uma margem do Uruguai onde se vê a grande curva do rio antes do salto.
De resto passei o dia no carro lendo e comendo as refeições preparadas esperando que as águas descessem. A diminuição de nível do Uruguai ocorreu de forma lenta e ao final do dia o salto devia estar com uns 2 a 3 metros de altura. Um fato curioso que ocorre quando as águas baixam é a quantidade de borboletas que se juntam, buscando os sais deixados nas pedras e na vegetação.
Ao fim da tarde estava com as calças arregaçadas e descalço andando pelas barrancas do Uruguai. Tentando chegar o mais próximo da calha original do rio.
Minhas fotos ficaram prejudicadas por isso, mas ainda conseguem mostrar a extensão do salto.
Ao final do dia fiz alguns pequenos videos para mostrar a extensão do salto.
Fiquei quase até o fechamento do parque, decidido a voltar ao hotel e retornar a Santa Maria no domingo.
Fui imediatamente bem recebido de volta no Aracê e a noite fui novamente a cidade jantar.
No dia seguinte peguei a estrada para Santa Maria, existe uma dificuldade de reabastecimento no domingo de manhã em Tenente Portela. Muitos postos fechados, consegui encher o tanque de meu carro num posto em uma estrada próxima. Daí o caminho inverso para casa.
Algumas dicas para este roteiro:
Embora esta viagem tenha deixado a desejar do ponto de vista turístico. Foi de extrema importância sobre as lições aprendidas.
Por mais que tenha lido sobre o Salto, em nenhum lugar foi mencionado a ação das hidro-elétricas acima deste. Portanto a pesquisa de experiências anteriores é fundamental.
Mudei alguns conceitos sobre como me preparar para uma situação destas. Estava certo em levar alimentação e água mas muita coisa mudou em meu equipamento a partir daí.
Água e alimentação são fundamentais já que existe dificuldade em se obter no parque.
Filtro solar nem precisava falar.
A tarde é o melhor horário para se ver o Salto, evitando a sangria da hidro-elétricas. Procurem ir na época da seca!
O camping de Derrubadas parece ter uma boa estrutura, inclusive com chalés, embora o Aracê tenha sido muito bom como ponto de apoio, com restaurantes próximos.
Atenção para a questão combustível.
Informações de contato:
Hotel Aracê - Tenente Portela - RS
Balneário Parque das Fontes - Derrubadas - RS
Cel Augusto, obrigada pelo reconhecimento e carinho. Fico feliz por ter contribuído com sua alimentação nessa bela aventura. Gostei muito do seu post. Um abraço. Tiffany Hautrive
ResponderExcluir